quarta-feira, 31 de outubro de 2007

QUANDO SÓ TEMOS A LAMENTAR!

As vezes agente se pega pensando... em nossa vida... em nosso passado, seja ele distante ou perto... em nossos erros, dificilmente em nossos acertos (por serem poucos)... E é aí que começa a minha estória: em um dia que tudo deu errado, eu comecei a pensar e refletir por que aquilo estava acontecendo e percebi na incerteza que minha vida se transformara. Ao olhar para um passado bem próximo, vi que eu vinha vivendo uma vida dupla: minha mente estava em um plano fictício, enquanto o meu corpo tentava me trazer para a realidade. E eu comecei a me perguntar: por que isso? quando começou? será que é tarde? ou ainda será o início? o que eu deixei para trás poderá ser resgatado? eu quero que seja resgatado? será um erro que trará uma glória? ou a glória será reconhecer o erro? será que você entenderá do que estou falando? ou nada disso será levado em conta?[...] Perguntas incessantes para respostas escassas, é assim que eu estou levando o meu viver. A incerteza do futuro com a certeza do passado só me leva a um lugar: o lugar de lamentar. Lamentar por tudo que passou e o que há de passar. então eu lamento:
começo lamentando pelo tampão que me colocarão nos meus olhos... Mas lamento mais ainda, por não o ter tirado;
Lamento por pensar que tudo estava bem... Mas, não! Eu lamento por fingir que tudo estava bem;
Lamento por ter olhado para você com outros olhos... Mas, pelo menos disso, eu não me arrependo. Não até amanhã!;
Lamento por não ter lutado pelos meus desejos... Na verdade, lamento por ter desejado algo pelo qual não poderia lutar;
Lamento por decisões erradas que eu tomei em horas certas... E lamento pelas decisões certas que eu não tomei;
Lamento pela embriaguez que me fez esquecer de ti... Mas também não posso deixar de lamentar dos momentos sóbrios que não deixou esquecê-la;
Lamento por ter dito "não" com a boca, enquanto meus olhos diziam "sim"... Lamento... por achar que a resposta seria um não;
Pronto! Lamento por ter deixado o mudo tomar conta da minha coragem. Isso, talves seja a origem do meu lamento;
Um dia o teu olhar disse venha! eu lamento por não ter ido... Mas lamento ainda mais por tê-lo percebido;
Lamente, acima de tudo, pelo beijo que nunca te roubei... lamento pensando nos outros que viriam na sequência;
Eu lamento pela amizade que eu deixei criar entre nós... Mas, com certeza, eu estaria lamentando muito mais se ela não existisse;
Enfim, lamento por muitas coisas que deixei de fazer e por outras que eu fiz em relação a ti.
Mas o meu maior lamento será quando tu me perguntares o porque desse meu lamento... E eu lamentando MENTIREI...

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